Sexta, 15 Mai 2015

Tocantins é o 22º no ranking de mortes de jovens por armas de fogo

No Tocantins 51,5% das mortes por armas de fogo são de jovens, de acordo com o Mapa da Violência – Mortes matadas por armas de fogo 2015. Os dados são referentes a década 2002 – 2012.
Ainda segundo o levantamento, o Estado subiu da 25ª para a 22ª colocação do ranking na faixa etária de 15 a 29 anos, o que representa um crescimento de 79%.
O assunto foi destaque de capa no Jornal do Tocantins. A matéria contou com a entrevista da coordenadora do Cedeca – Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Glória de Ivone, Mônica Brito.
Segundo ela, o aumento na taxa de óbitos por armas de fogo entre os jovens está intimamente relacionado com a politica estatal de criminalização da juventude negra, periférica e pobre e ainda pela omissão e pouco rigor na apuração e elucidação desta grave violação aos direitos humanos.
“Infelizmente, ainda vigora no Brasil e no Tocantins, o auto de resistência, pratica usual e recorrente típico da ditadura militar,”, afirmou Mônica.

Gêneros
A taxa de óbitos masculinos registrou 23,6, abaixo da média nacional que é de 42. Já a taxa feminina é de 2,9 superior a nacional (2,6).
Na relação com a cor, no Tocantins, o número de homicídios da população negra subiu de 82 para 145 de 2003 a 2012, respectivamente, o que representa um aumento de 60,1%. No mesmo período o aumento foi de 4% na população branca.

Região Norte
O Mapa constatou aumento de 137% na taxa de mortalidade por arma de fogo na região Norte, na última década. Os estados Pará e Amazonas triplicaram o número de mortes por armas de fogo no período. O Tocantins está na quarta posição, dos sete estados da região.

Palmas
Na Capital, também houve crescimento de 29,6% nas taxas de mortes de jovens por armas de fogo, em dez anos. Nenhuma outra cidade do Estado está entre os 100 municípios com maior número de óbitos, conforme o estudo.
O Mapa foi divulgado na última quinta-feira, 14, pelo Cebela – Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, da Flacso Brasil – Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.

Fonte: Jornal do Tocantins.